segunda-feira, 2 de março de 2009

POEMA CURITIBANO nº 25 - Marechal

A não ser teu caminho
Onde pulsa o habitável
De teu frio coração,
Tudo teu é teu resto:
Todo teu mar vermelho e aberto
no concreto,
Tudo menos
Tua própria romaria
No dia em que uma moderna catedral
jogada aos anjos tortos estaria -
Como pérolas aos porcos
Levantada ela seria
Em silêncio vertical
Tão altiva e solitária
Como belas e foscas medalhas
Que despontam em uma velha farda
De um falecido marechal.

24/06/08