a Raimundo Correia
Por ora creio que estes pombos são monárquicos,
Pelo menos no que se refere às suas cagadas reais
Nas efígies republicanas de nossas praças -
Símbolos máximos nacionais,
Gênios de nossa raça.
Que diria o Victor ou a Júlia
Cujas cabeças, outrora enaltecidas,
Servem hoje de urinol de suas majestosas vazadas amanhecidas.
E nem mesmo Tiradentes,
Marechal ou presidente
Os mal-criados poupam
E cagam solenemente!
E nada mais radical
Que esta revoada matinal
Dos pombos da Santos Andrade
A cagar em todo o pessoal –
Vivo, morto, puta, padre –
Que se atreva a uma praça central.
Quanto a tu, Universidade,
Teu passado é visceral!
Outrora foras monturo –
Não que hoje o tenhas negado –
Mas nem intelectual apontando o futuro
Deixará de ter seu busto cagado
Por um pombo marginal.
Da Júlia, o avental;
No Victor, da testa à fossa nasal;
Do pombo,
O diâmetro do rombo
De seu orifício anal.
17/11/04
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
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muito bom. mesmo.
ResponderExcluirtucano
um clássico!!
ResponderExcluirEu adoro esse poema!!!!
ResponderExcluirLembro quando o li pela primeira vez....
Pêre